Algumas companhias do setor de construção civil soltaram suas prévias operacionais do terceiro trimestre de 2022. Assim como fizemos nas prévias anteriores, vamos recapitular o que ocorreu no trimestre anterior deste ano. No segundo trimestre, observamos bons resultados de algumas das construtoras, principalmente aquelas focadas na baixa renda.

O que aconteceu no trimestre anterior? Três companhias foram destaques no segundo trimestre: a Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e MRV (MRVE3).

A Cury (CURY3) e a Direcional (DIRR3) foram destaques no segmento de baixa renda, com a Cury aumentando o preço médio das suas unidades em 40% e mantendo margens extremamente saudáveis, mesmo em um período de inflação pressionada e a Direcional trouxe o melhor desempenho de vendas líquidas da história da empresa e também conseguiu manter sua margem em patamares elevados.

Já a MRV (MRVE3) teve alta nas vendas, movido pelo segmento da empresa que atua no mercado americano, a Resia, que bateu recorde de vendas, em linha com sua estratégia de focar mais lançamentos no mercado exterior, onde a companhia possui melhores margens e maiores oportunidades de crescimento.

Alta renda sofreu mais: No mesmo período, as construtoras voltadas para a alta renda tiveram resultados negativos, com a Eztec (EZTC3) sendo o destaque negativo, lançando menos empreendimentos, vendendo menos e sofrendo mais com a inflação, tendo sua margem comprimida. A Cyrela (CYRE3) também sofreu com a inflação e os números ficaram aquém do esperado pelo mercado.

E agora? Quando trazemos para o presente, a situação parece ter mudado um pouco, principalmente quando olhamos para as companhias que focam na média e alta renda. Enquanto na baixa renda, o cenário continua propicio, com a Cury (CURY3) reportando forte crescimento de 29% nas suas vendas líquidas na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, além de um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 919 milhões, crescimento de 27% na mesma comparação.

A Direcional (DIRR3) reportou prévias operacionais na mesma linha, com crescimento de 32% nas vendas líquidas comparadas com o mesmo trimestre do ano passado e um VGV de R$ 1,2 bilhão, crescimento de 10% na mesma base de comparação. Importante ressaltar que ambas as construtoras devem manter suas margens em níveis extremamente saudáveis.

Quais foram as surpresas positivas e negativas? A surpresa positiva foi a Cyrela (CYRE3), que diferente do trimestre passado, apresentou prévias operacionais sólidas e acima das expectativas, com vendas líquidas crescendo 23% e um VGV totalizando R$ 2,32 bilhões, alta de 20% em comparação com o terceiro trimestre de 2021. A Eztec (EZTC3) também apresentou bons números, revertendo parte da negatividade colocada em cima das suas ações.

Por outro lado, como destaque negativo ficou com a MRV (MRVE3), que apresentou queda de 27% nas vendas líquidas comparadas com o terceiro trimestre do ano passado, além de queda na receita e uma queima de caixa muito acima do esperado, de R$ 1,22 bilhão.

Os números foram fortemente impactados pela falta de vendas da Resia, braço que atua no mercado americano, e tem sido o grande “salvador” dos últimos trimestres da companhia. Do lado positivo, a MRV conseguiu aumentar o preço das suas unidades, repassando custo aos clientes, o que deve melhorar a sua margem nos próximos trimestres.

E qual é a expectativa para os resultados? As prévias foram, em sua grande maioria, positivas para o setor de construção civil, que parece estar entrando em um ciclo favorável para suas companhias, principalmente por causa da estabilização da taxa Selic e o arrefecimento dos preços dos insumos de construção, que afetaram a maioria das incorporadoras nos últimos trimestres.

Importante aguardarmos efetivamente a divulgação dos resultados dessas empresas para podermos atestar se realmente elas foram capazes de recuperar suas margens, ou mantê-las no caso de Cury e Direcional, e se as suas estratégias de lançamento foram bem-sucedidas.

Qual é a ação mais recomendada? Nossa preferência para o setor é a Cyrela (CYRE3), incorporadora com foco na alta renda, mas que possui atuação em todos os segmentos através das suas outras marcas e parcerias, inclusive uma com a própria Cury (CURY3).

A companhia vem se recuperando desde os seus fracos resultados no segundo trimestre, apresentando melhorias operacionais robustas que tendem a se refletir em melhores vendas e em uma recuperação considerável da sua margem.

A sua exposição à alta renda permite que ela atinja um público menos sensível a preço e mais resiliente, assim como suas parcerias voltadas para a média e baixa renda fazem com que ela também consiga captar os incentivos e a alta demanda do programa Casa Verde Amarela.

Temos um preço alvo de R$ 23,50 para os próximos 12 meses da companhia, representando um potencial de valorização de 31,8% considerando a cotação de R$ 17,82 do dia 20/10 às 14h50.

Algumas companhias do setor de construção civil soltaram suas prévias operacionais do terceiro trimestre de 2022. Assim como fizemos nas prévias anteriores, vamos recapitular o que ocorreu no trimestre anterior deste ano. No segundo trimestre, observamos bons resultados de algumas das construtoras, principalmente aquelas focadas na baixa renda.

O que aconteceu no trimestre anterior? Três companhias foram destaques no segundo trimestre: a Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e MRV (MRVE3).

A Cury (CURY3) e a Direcional (DIRR3) foram destaques no segmento de baixa renda, com a Cury aumentando o preço médio das suas unidades em 40% e mantendo margens extremamente saudáveis, mesmo em um período de inflação pressionada e a Direcional trouxe o melhor desempenho de vendas líquidas da história da empresa e também conseguiu manter sua margem em patamares elevados.

Já a MRV (MRVE3) teve alta nas vendas, movido pelo segmento da empresa que atua no mercado americano, a Resia, que bateu recorde de vendas, em linha com sua estratégia de focar mais lançamentos no mercado exterior, onde a companhia possui melhores margens e maiores oportunidades de crescimento.

Alta renda sofreu mais: No mesmo período, as construtoras voltadas para a alta renda tiveram resultados negativos, com a Eztec (EZTC3) sendo o destaque negativo, lançando menos empreendimentos, vendendo menos e sofrendo mais com a inflação, tendo sua margem comprimida. A Cyrela (CYRE3) também sofreu com a inflação e os números ficaram aquém do esperado pelo mercado.

E agora? Quando trazemos para o presente, a situação parece ter mudado um pouco, principalmente quando olhamos para as companhias que focam na média e alta renda. Enquanto na baixa renda, o cenário continua propicio, com a Cury (CURY3) reportando forte crescimento de 29% nas suas vendas líquidas na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, além de um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 919 milhões, crescimento de 27% na mesma comparação.

A Direcional (DIRR3) reportou prévias operacionais na mesma linha, com crescimento de 32% nas vendas líquidas comparadas com o mesmo trimestre do ano passado e um VGV de R$ 1,2 bilhão, crescimento de 10% na mesma base de comparação. Importante ressaltar que ambas as construtoras devem manter suas margens em níveis extremamente saudáveis.

Quais foram as surpresas positivas e negativas? A surpresa positiva foi a Cyrela (CYRE3), que diferente do trimestre passado, apresentou prévias operacionais sólidas e acima das expectativas, com vendas líquidas crescendo 23% e um VGV totalizando R$ 2,32 bilhões, alta de 20% em comparação com o terceiro trimestre de 2021. A Eztec (EZTC3) também apresentou bons números, revertendo parte da negatividade colocada em cima das suas ações.

Por outro lado, como destaque negativo ficou com a MRV (MRVE3), que apresentou queda de 27% nas vendas líquidas comparadas com o terceiro trimestre do ano passado, além de queda na receita e uma queima de caixa muito acima do esperado, de R$ 1,22 bilhão.

Os números foram fortemente impactados pela falta de vendas da Resia, braço que atua no mercado americano, e tem sido o grande “salvador” dos últimos trimestres da companhia. Do lado positivo, a MRV conseguiu aumentar o preço das suas unidades, repassando custo aos clientes, o que deve melhorar a sua margem nos próximos trimestres.

E qual é a expectativa para os resultados? As prévias foram, em sua grande maioria, positivas para o setor de construção civil, que parece estar entrando em um ciclo favorável para suas companhias, principalmente por causa da estabilização da taxa Selic e o arrefecimento dos preços dos insumos de construção, que afetaram a maioria das incorporadoras nos últimos trimestres.

Importante aguardarmos efetivamente a divulgação dos resultados dessas empresas para podermos atestar se realmente elas foram capazes de recuperar suas margens, ou mantê-las no caso de Cury e Direcional, e se as suas estratégias de lançamento foram bem-sucedidas.

Qual é a ação mais recomendada? Nossa preferência para o setor é a Cyrela (CYRE3), incorporadora com foco na alta renda, mas que possui atuação em todos os segmentos através das suas outras marcas e parcerias, inclusive uma com a própria Cury (CURY3).

A companhia vem se recuperando desde os seus fracos resultados no segundo trimestre, apresentando melhorias operacionais robustas que tendem a se refletir em melhores vendas e em uma recuperação considerável da sua margem.

A sua exposição à alta renda permite que ela atinja um público menos sensível a preço e mais resiliente, assim como suas parcerias voltadas para a média e baixa renda fazem com que ela também consiga captar os incentivos e a alta demanda do programa Casa Verde Amarela.

Temos um preço alvo de R$ 23,50 para os próximos 12 meses da companhia, representando um potencial de valorização de 31,8% considerando a cotação de R$ 17,82 do dia 20/10 às 14h50.

Fonte: Economia | Uol