A locação de equipamentos pesados tem se consolidado como uma alternativa estratégica para setores como construção civil, mineração, energia e transporte de cargas no Brasil. A tendência, já comum em países desenvolvidos, vem ganhando força diante do aumento dos investimentos em infraestrutura.
No Ceará, essa prática tem sido fundamental para viabilizar grandes empreendimentos públicos e privados, reduzindo custos e elevando a eficiência das obras. Empresas especializadas, como o Grupo Cordeiro, referência no Norte e Nordeste, têm investido na modernização de suas frotas para atender à crescente demanda.
Com mais de 40 anos de atuação, o Grupo Cordeiro conta com uma frota de 400 equipamentos de grande porte, atuando em setores como infraestrutura, mineração, siderurgia e energia renovável. Nos últimos três anos, a empresa destinou R$ 120 milhões à renovação de sua infraestrutura, ampliando sua capacidade tecnológica e operacional.
Locação oferece flexibilidade e reduz custos
A locação tem sido adotada por empreiteiras e indústrias como forma de acessar máquinas modernas sem imobilizar grandes volumes de capital em aquisição e manutenção. De acordo com Aldelfredo Mendes, diretor comercial do Grupo Cordeiro, a estratégia atende à necessidade por soluções mais ágeis e eficientes.
“A locação permite que as empresas tenham acesso a equipamentos de ponta, com manutenção garantida, sem a necessidade de compra de máquinas que podem ficar ociosas após a conclusão de um projeto”, afirma.
Dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) indicam que os investimentos em locação de equipamentos pesados no país devem ultrapassar R$ 260 bilhões nos próximos anos. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê crescimento de até 3,5% no setor da construção civil em 2025, impulsionado por projetos habitacionais e de infraestrutura urbana.
Demanda no Ceará cresce com energia e transporte
No estado do Ceará, o avanço da infraestrutura tem sido um dos principais fatores de expansão da locação de equipamentos. A construção de rodovias, projetos de mineração, siderurgia, agronegócio, papel e celulose, além da instalação de parques de energia renovável, têm elevado a demanda por máquinas pesadas.
Com destaque nacional na geração de energia eólica, o estado exige equipamentos especializados, como guindastes de grande porte, máquinas de linha amarela e soluções logísticas integradas.
Para atender a esse mercado, o Grupo Cordeiro expandiu sua infraestrutura no Complexo Logístico do Pecém em 150 mil metros quadrados, totalizando 1,15 milhão de metros quadrados de área, fortalecendo sua atuação na armazenagem, transporte e manutenção de equipamentos.
“A infraestrutura do Ceará tem avançado significativamente, e a locação tem sido essencial nesse processo. Seja na construção de rodovias ou na implantação de parques de energia renovável, equipamentos pesados e espaços adequados são indispensáveis para os projetos”, destaca Aldelfredo Mendes.
Perspectiva global e projeções para o Brasil
O modelo de locação é amplamente utilizado em países como Estados Unidos, Canadá e Alemanha, onde a redução de custos operacionais e a flexibilidade são prioridades. Segundo a consultoria Mordor Intelligence, o mercado global de locação de máquinas movimentou US$ 135 bilhões em 2023, com previsão de atingir US$ 170 bilhões até 2029.
O Brasil segue essa tendência, impulsionado por investimentos em infraestrutura, mobilidade urbana e transição energética. A expectativa é que o setor permaneça aquecido nos próximos anos, ampliando seu papel no desenvolvimento regional e nacional.