O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, disse que a indústria estará em boas mãos sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), anunciado nesta quinta-feira (22) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

A recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sinaliza, segundo ele, “para uma condução firme e engajada da pasta pelo fortalecimento do setor produtivo industrial.”

Em nota, Andrade disse considerar que o vice-presidente conhece as prioridades da agenda de desenvolvimento do país e da indústria e sabe o que precisa ser feito para reverter a desindustrialização.

“O futuro ministro é um político hábil, com a experiência de ter governado o estado mais industrializado do país e conhecimento do que é necessário para o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria”, afirmou o presidente da CNI.

Na avaliação da entidade da indústria, o ministério precisará construir uma política moderna, de longo prazo e atenta à transição para uma economia de baixo carbono, em sintonia com o que vêm fazendo outros países.

Uma competição internacional mais acirrada e as rápidas mudanças tecnológicas são questões que, segundo a confederação, estão levando as economias a proporem estímulos às indústrias. O Brasil, diz a CNI, não pode ficar de fora.

A CNI defende que a recuperação da economia nacional passa por melhores condições para o setor produtivo. “O setor é o que mais dinamiza a economia, paga mais impostos, gera melhores empregos, induz a inovação e contribui para o aumento da competitividade dos demais segmentos”, disse Andrade.

Como o Painel S.A. mostrou, executivos do setor industrial consideravam que Lula precisaria recorrer a um nome simbólico para a pasta.

Na avaliação desses empresários, ao anunciar antes o comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social), que será presidido por Aloizio Mercadante, o presidente eleito teria invertido a ordem de importância dos cargos, reduzindo o prestígio da pasta.

Josué Gomes, da Coteminas, e que também comanda a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, foram convidados por Lula, mas recusaram.

Fonte: UOL