O Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) registrou variação de 0,79% em agosto, resultado 0,48 ponto percentual acima de julho (0,31%). Esse foi o segundo maior avanço mensal de 2025, atrás apenas de junho (0,88%). No acumulado de 12 meses, a taxa chegou a 5,42%, superando os 5,25% do período imediatamente anterior. Em agosto de 2024, a alta havia sido de 0,63%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o custo nacional da construção passou de R$ 1.848,39 em julho para R$ 1.863,00 por metro quadrado em agosto. Desse total, R$ 1.064,10 correspondem aos materiais e R$ 798,90 à mão de obra.
A parcela dos materiais avançou 0,50%, alta maior que a de julho (0,23%) e estável em relação ao índice de agosto de 2024 (0,50%). Já a mão de obra apresentou elevação de 1,18%, resultado 0,76 p.p. acima do mês anterior (0,42%) e 0,37 p.p. superior ao de agosto do ano passado (0,81%). “O aumento foi impactado por diversos acordos coletivos firmados no período”, destacou Augusto Oliveira, gerente da pesquisa.
Entre janeiro e agosto, os acumulados ficaram em 2,81% para materiais e 5,73% para mão de obra. Já em 12 meses, os índices foram de 4,91% e 6,14%, respectivamente.
Regiões
A região Sul liderou as variações mensais em agosto, com alta de 2,19%, reflexo dos aumentos na mão de obra em todos os estados. As demais regiões registraram: 0,73% no Norte, 0,36% no Nordeste, 0,65% no Sudeste e 0,81% no Centro-Oeste.
Estados
No recorte estadual, o Mato Grosso do Sul foi o destaque, com aumento de 2,97%, influenciado pela alta nos materiais e por acordo coletivo nas categorias profissionais. Em seguida aparecem o Paraná (2,79%) e o Rio Grande do Sul (2,66%), ambos também impactados pelo reajuste da mão de obra.