Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na última quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho, mostram que a construção civil criou 32.005 postos de trabalho no mês de agosto. O número representa um crescimento de 1,29% na comparação com julho. Já no acumulado de 2021, o setor foi responsável pela abertura de 237.985 vagas com carteira assinada. O levantamento mostra, ainda, que de setembro de 2020 até agosto de 2021, foram gerados 288.985 empregos — aumento de 13%. Neste período, a construção foi o quarto segmento da economia que mais criou postos de trabalho, atrás de serviços, comércio e indústria.

Para Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, o aumento dos empregos na construção civil é um demonstrativo da persistência do setor na superação dos desafios de entregar os projetos já contratados, mesmo em um ambiente econômico de incertezas. “Mas o setor está preocupado com a diminuição da demanda futura, por conta dessas mesmas incertezas, o que poderá levar mais adiante a mais demissões do que contratações de trabalhadores”, afirma.

Em agosto, nas atividades imobiliárias, a diferença entre admissões e dispensas foi de +1,01% (1.716 novos empregos). O segmento permanece com uma pequena elevação neste indicador, após os 1.686 postos de trabalho gerados em julho, 1.735 em junho e 1.345 em maio.

O Novo Caged também mostrou que, no final do mês de agosto, eram 2.511.526 trabalhadores com carteira assinada empregados pela construção civil em todo o país.

Dados regionais

O Estado de São Paulo liderou a abertura de postos de trabalho na construção em agosto, com 8.080 vagas. Na sequência, aparecem Minas Gerais (4.750), Rio de Janeiro (1.996), Bahia (1.877), Ceará (1.834), Rio Grande do Sul (1.825), Goiás (1.557), Santa Catarina (1.408), Pará (1.335) e Mato Grosso (1.157).

Fonte: AECWeb