Com conclusão prevista para dezembro de 2022 e investimento de R$ 1,8 bilhão, as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza estão com 13% de execução, considerando os canteiros das estações Colégio Militar, Rua Nunes Valente, Chico da Silva e Papicu. Atualmente, as intervenções geram cerca de 800 empregos diretos mas, de acordo com o titular da Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), Lúcio Gomes, esse número pode chegar a 1,2 mil no pico das obras, que deve ser atingido antes da finalização da primeira metade da obra.

As estações Chico da Silva e do Colégio Militar são as mais avançadas, de acordo com ele. A primeira, que recebeu ontem (2) a visita do governador Camilo Santana e do prefeito Roberto Cláudio, chegou a 34 metros de profundidade pelas máquinas tuneladoras, no eixo da Rua Castro e Silva. A do Colégio Militar está em fase de escavação após a conclusão de toda a parede de contenção e rebaixamento do lençol freático.

As estações da Nunes Valente e a do Papicu ainda estão “um pouco atrás”, segundo o secretário. “Nós iremos fazer uma intervenção, interditando temporariamente uma das plataformas do Terminal de Ônibus do Papicu, para que possamos iniciar os trabalhos de uma parede de contenção”, detalha Lúcio Gomes. A Rua Lauro Nogueira também passará por interdição. As mudanças devem ocorrer dentro de um prazo de 15 a 45 dias.

“A Rua Lauro Nogueira será interditada, mas acreditamos que não haverá tanto prejuízo, porque ela conta apenas com tráfego para ônibus”, explica o titular da Pasta. Um terreno na área foi alugado para atender à demanda de tráfego desses ônibus e para estacionamento dos veículos. A Linha Leste terá 7,3 quilômetros de extensão e contará com uma estação de superfície (a Tirol-Moura Brasil) e as quatro subterrâneas (Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu).

Capacidade

De acordo com o Governo do Estado, a conclusão das obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza garantirá a integração com as Linhas Sul e Oeste, no Centro, com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe e com o terminal de ônibus, no Papicu. Após finalizado e em plena operação, o equipamento terá capacidade para transportar até 150 mil passageiros por dia, com tempo de viagem de 15 minutos entre o Centro e o Papicu. “A ideia é que futuramente possamos fazer a integração entre ônibus e metrô, o que vai representar um benefício importante para a população”, pontua o secretário da Infraestrutura.

Investimento

De R$ 1,86 bilhão que está sendo utilizado nas obras da Linha Leste, de acordo com a Seinfra, R$ 1,2 bilhão é do Governo do Ceará e R$ 660 milhões foram aportados pelo Governo Federal. Até o momento, foram investidos R$ 200 milhões.

“A nossa expectativa é que a geração de empregos cresça na mesma proporção do avanço das frentes de obras. No pico, seguramente devemos chegar a 1,2 mil. Claro que a geração de empregos não é o único indicador de avanço de uma obra, mas é importante porque é um legado que se deixa na nossa economia em um momento de retração”, destaca o secretário, lembrando dos impactos da pandemia do coronavírus no Estado.

Fonte: Diário do Nordeste