O mercado brasileiro de construção civil e infraestrutura vem passando por uma transformação significativa no perfil de demanda por máquinas pesadas. De acordo com a Komatsu, o setor registra ao mesmo tempo o aumento da procura por escavadeiras compactas, ideais para obras em áreas urbanas e restritas, e o avanço da busca por equipamentos robustos, voltados para mineração e grandes projetos de infraestrutura.
Segundo Leandro Bueno, gerente geral de Estratégia, Planejamento e Marketing de Produto da Komatsu, a escolha da máquina está diretamente associada ao porte da obra. “O tamanho e o tipo de projeto definem o equipamento ideal. Em obras viárias, por exemplo, os tratores de esteiras são indispensáveis, enquanto em ambientes urbanos escavadeiras menores oferecem mais agilidade”, explica.
Máquinas sob medida para cada cenário
Entre os modelos citados, a escavadeira hidráulica PC130 se destaca como solução para construções em cidades, enquanto a motoniveladora GD535 é indicada para loteamentos. Já em projetos de maior escala, ganham espaço tratores de esteiras como D61, D85 e D155, além das carregadeiras de rodas WA470 e WA500.
A tendência de migração para máquinas de grande porte pode ser exemplificada pela PC500, escavadeira de 50 toneladas nacionalizada pela Komatsu Brasil em 2025. “Clientes que antes optavam por escavadeiras de 20 a 30 toneladas agora demandam equipamentos maiores, especialmente em mineração e obras de infraestrutura como barragens e movimentação de agregados”, afirma Bueno.
Compactas em alta nas cidades
Em contrapartida, o mercado urbano impulsiona o crescimento das miniescavadeiras de 2 a 7 toneladas, que oferecem facilidade de transporte em carretas acopladas a caminhonetes e maior adaptação a áreas confinadas. Esse movimento reflete a especialização do setor, que redefine o conceito de “melhor máquina” de acordo com cada necessidade.
Eficiência, tecnologia e sustentabilidade
Além do porte, os critérios técnicos ganharam destaque na decisão de compra, como eficiência energética, consumo de combustível, manutenção preditiva e tecnologias embarcadas. Nesse cenário, a carregadeira WA150 se diferencia pela transmissão hidrostática, que elimina o uso da transmissão tradicional, reduzindo desgaste de peças, otimizando o consumo de combustível e aumentando a agilidade operacional.
Outro exemplo é o 3D Machine Guidance (3DMG), sistema incorporado às escavadeiras da Komatsu. A tecnologia auxilia os operadores a executar cortes, aterros e escavações com maior precisão, gerando ganhos de até 42% em eficiência de tempo e qualidade nas entregas.